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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Funcionários cyborgs, logo em um escritório perto de você

Preparem-se, líderes de TI. As tecnologias vestíveis estão chegando para invadir seu local de trabalhoLawrence Garvin *


Alguns analistas estimam que o mercado global de tecnologias "vestíveis" (ou "wearables", em inglês) gerará mais de US$ 3 bilhões em receitas neste ano, e até US$ 12 bilhões até 2018. E os "dados humanos" gerados por esses dispositivos deverão influenciar fundamentalmente a forma como controlamos e melhoramos nosso desempenho em vários campos.

Para a TI corporativa, no entanto, uma enxurrada de dispositivos inseparáveis de seus "vestidores" – e dos riscos de segurança e de infraestrutura que eles impõem – seria suficiente para deixar até o Robocop com dor de cabeça.

Os líderes de TI já viram tudo isso antes: a tecnologia vestível é, em muitos aspectos, simplesmente a segunda onda do movimento BYOD. Com base nas lições aprendidas com a gestão BYOD, os diretores de TI podem estabelecer estruturas dimensionáveis e seguras que atendem aos dispositivos "vestíveis" e a uma série de aplicativos, enquanto antecipam suas vulnerabilidades em potencial. Trate esses dispositivos cyborg com um pé atrás agora, e os dispositivos e seus usuários poderiam ficar muito melhores a longo prazo.

Através de um espelho, com segurança
A prioridade para o mercado de tecnologia vestível é a inovação, não a segurança. Se você pensar nas principais indústrias que utilizam a tecnologia vestível (varejo, médica e financeira), você vai ver que elas compartilham uma necessidade premente de ter acesso mais rápido e mais abrangente às informações. Ocorre o mesmo para os consumidores: os vestíveis de maior sucesso, como o Google Glass e o Fitbit, são os que "aumentam" a realidade para fornecer a seus usuários uma versão melhorada do mundo físico. Eles estão sempre conectados e sempre com você, o que imediatamente levanta preocupações significativas de segurança que se estendem pelos ambientes digitais e físicos.

A mais óbvia dessas preocupações é a gama de novos vetores de ataque que as tecnologias vestíveis apresentam: um leitor móvel de cartão de crédito, como os que surgem em alguns varejistas pioneiros, poderia ter seu funcionamento comprometido por um malware para roubar os detalhes dos clientes antes mesmo de chegarem à rede corporativa segura. Assim como ocorre com a lógica do BYOD, esses dispositivos estão propensos a vulnerabilidades e não podem contar com a segurança direta da equipe de TI – mas agora, eles existem sob muito mais formas e aplicações do que apenas smartphones e tablets.

Ao mesmo tempo, a onipresença dos dispositivos vestíveis também abre novos riscos para os dados organizacionais, principalmente se esses dispositivos ficarem comprometidos. O roubo de um dispositivo como o Google Glass, por exemplo, poderia fornecer a pessoas mal-intencionadas acesso áudio visual a toda uma nova gama de informações, incluindo conversas privilegiadas e documentos físicos. E a demanda por informações ao vivo dos usuários significa que os gerentes de TI terão de agir muito mais rápido (ou melhor, prever) quando ocorre uma violação.

Leia mais em: CIO

(*) Lawrence Garvin é "geek" na SolarWinds, com formação em MCSA (Windows Server 2012), MCITP (Enterprise Administrator) e MCDBA, além de ter sido Microsoft MVP por 10 anos consecutivos, em reconhecimento a suas contribuições nas comunidades Microsoft

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